Meu avô Américo Simas (nascido em 1916) servia o Exército no ano de 1942 e foi convocado para lutar na Segunda Grande Guerra Mundial. Em meio à guerra os militares receberam comando para ficarem aquartelados sem qualquer tipo de informação, pois a qualquer momento eles podiam ser enviados a alguma missão de guerra e a informação não poderia vazar nem o dia nem hora do ataque, tanto para não perder o elemento surpresa quanto para os navios não serem interceptados no meio do caminho. Nesse período minha avó Maria Alves Simas estava grávida de seu primeiro filho e entrou em trabalho de parto, por essa circunstância meu avô foi informado e liberado pelo seu Comandante. No dia seguinte o navio em que ele iria embarcar saiu com destino ao Rio de Janeiro para pegar um contingente de soldados com destino final a Europa. Eis que existia uma célula alemã no Brasil e a informação vazou. O navio que meu avô embarcaria foi interceptado e bombardeado em alto mar por submarinos alemães que haviam rompido relações diplomáticas com o Brasil por ter se aliado aos Estados Unidos. Aliança no mínimo contraditória afinal de contas a Alemanha era uma ditadura tal qual o Brasil, mas Getúlio Vargas nem nenhum país de mundo iria de encontro ao poder dos EUA. Hoje estou aqui para contar essa história pra vocês, por muito pouco não estaria.
Flávia, Geisa e Walace
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